quinta-feira, 29 de março de 2012

PROJETO HORA DO CORDEL

Biblioteca Clodomir Silva promove
mais uma edição do Projeto Hora do Cordel
 
 
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A edição de março do Projeto Hora do Cordel
contou com a participação dos alunos do Colégio Unificado.
 (Foto: Ascom/ Funcaju)
 
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A cordelista Salete Nascimento
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A Cordelteca da Biblioteca Clodomir Silva
 conta com um acervo de cerca de mil livretos
Alguns dos cordéis de grande sucesso de Salete Nascimento
 
Tendo como principal objetivo divulgar a Literatura de Cordel em Aracaju, a Biblioteca Municipal Clodomir Silva, uma das unidades da Fundação Municipal de Cultura e Turismo (Funcaju), promoveu na tarde de quarta-feira, 28, mais uma edição do Projeto Hora do Cordel. Realizado desde 2011, na última quarta-feira do mês, o projeto já levou cerca de 10 cordelistas para contar e cantar a história de suas obras.
O Projeto Hora do Cordel foi criado no ano passado, pelo diretor da Biblioteca, Tarcísio Bruno. “Primeiro trouxemos o setor da Cordelteca do 1º andar para o térreo, para que os cordéis se tornassem mais acessíveis, depois, por meio de convite, começaram a chegar à nossa biblioteca grande nomes da Literatura de Cordel sergipana. O objetivo maior é resgatar os valores nordestinos e populares e incentivar a literatura em suas diferentes formas", disse a coordenadora de projetos culturais da Clodomir Silva, Maria José.
Na edição de Março/2012 a cordelista Salete Nascimento, conversou com os alunos do Colégio Unificado, contou um pouco da sua história, da história da mulher no Cordel e as histórias por ela criada em seus folhetins.
"Comecei a fazer rimas de cordel na minha adolescência, mas jogava fora porque eu achava que era coisa de homem. Depois entendi que cordel era para quem tivesse amor e capacidade de fazê-lo e não algo específico para um determinado sexo. A partir de 2001 ninguém mais me segurou e eu deslanchei a fazer o que eu adoro, que é escrever", comenta Salete, que já publicou mais de 50 cordéis e vendeu cerca de mil exemplares no Brasil e em países como Austrália e Alemanha.
Com a história de "Benevides, o homem que dançou com o Satanás", a cordelista conquistou alunos, professores e demais presentes no ‘Auditório Poeta Santo Souza' com suas rimas bem pensadas e com um enredo um tanto quanto surpreendente. Os estudantes foram convidados a ler um pouco sobre a história e em seguida foi aberto um espaço de conversação com a escritora, onde foi possível fazer perguntas e deixar comentários a respeito do que é e qual o futuro da Literatura de Cordel.
Até quem não está diretamente ligado a Literatura se encantou com a iniciativa. "Eu sou professor de Física, uma área de exatas, mas por mais difícil que seja imaginar, a Física está relacionada com a Literatura desde a sua essência. Eu gosto muito de ler e esse projeto serviu para enriquecer o meu leque de opções de leitura. Eu acho que a iniciativa da Biblioteca em atrair o público, seja estudantil ou não, é sempre muito bem-vinda", conclui professor William, do Colégio Unificado.
Cordelteca João Firmino
A Biblioteca Municipal Clodomir Silva possui a primeira Cordelteca Municipal do Brasil. Atualmente, seu acervo é composto de cerca de mil exemplares de livretos para leitura e pesquisa. Além de folhetos, antologias de Literatura de Cordel, livros teóricos, teses e dissertações sobre este estilo literário, a ‘Cordelteca João Firmino' dispõe de uma galeria com informações biográficas de 36 poetas cordelistas sergipanos. Outras informações sobre a Cordelteca e o Projeto Hora do Cordel podem ser obtidas pelo telefone: (79) 3179-3742 ou na sede da Biblioteca, localizada na rua Santa Catarina, n° 314, bairro Siqueira Campos.