14/06/2013
Diretora
da Clodomir Silva, Fátima Góis,
com os cordelistas Enoque Araújo e
Pedro Amaro,
e o também repentista, Damião Ramos
(Fotos: Ascom/Funcaju)
Projeto ensina a importância do cordel
e do repente aos estudantes
Damião Ramos fez uma mostra de repente para as crianças
Na ocasião, se fizeram presentes quatro dos principais expoentes das duas manifestações artísticas em Sergipe, os cordelistas, Pedro Amaro, Ronaldo Dória e Enoque Araújo e o cordelista e repentista, Damião Ramos, que explicaram para as crianças o que são a literatura de cordel e o repente e mostraram algumas de suas obras.
A diretora da Clodomir Silva, Fátima Góis, destaca que é de grande importância a presença dos quatro expoentes culturais na escola, o que segundo ela, deixa os alunos curiosos e atentos à novidade: "A iniciativa é ainda esporádica, mas a ideia é que seja mais frequente, algumas vezes ao mês, com cursos e oficinas abertas à comunidade", revela.
O projeto tem como principal objetivo, além de entreter, ensinar aos jovens a importância desses dois gêneros que ajudaram a construir a história do povo nordestino, através de causos e histórias, e assim difundir as suas práticas.
Damião Ramos, pernambucano radicado em Sergipe, há 42 anos faz as artes do cordel e do repente, é presidente da Associação dos Cordelistas e Repentistas de Sergipe (Ascorese). Ele avalia o cenário dessas modalidades culturais no estado. "Começamos a resgatar essas tradições, mas ainda estão um pouco esquecidas. Aqui em Sergipe é um dos maiores exemplos. Em outros cantos do Nordeste há repentistas e cordelistas com 10, 11 anos de idade, e aqui o mais jovem tem mais de 30", avalia.
Damião se diz emocionado em poder participar dessa ação que busca manter a chama da arte popular acesa: "Eu não gostaria de ver essa cultura acabar e é por reconhecer a sua importância, que não só eu, mas a minha classe dá tudo o que pode para manter viva essa tradição", finaliza.
O estudante do 4º ano, Gabriel Silva, de nove anos, comenta que gostou muito das rimas dos cordéis, e já tem até a sua história preferida: "Eu gostei daquela que falava sobre as festas de São João e dos santos da época. Ela é bem divertida", comenta.
Outra vertente positiva do Sarau Poético é o estimulo à leitura, não só voltada ao cordel, mas de outros gêneros textuais, o que torna a atividade uma porta de entrada para a inclusão social. É nisso que acredita o cordelista sergipano Ronaldo Dória, na área há 12 anos e com 156 cordéis publicados: "As crianças que se dedicam a leitura do cordel e da poesia, geralmente não se desvirtuam, não entram nos caminhos tortuosos da vida, ao contrário, elas se apaixonam pela arte literária", acredita.
http://www.aracaju.se.gov.br/index.php?act=leitura&codigo=54704
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