terça-feira, 18 de junho de 2013

Biblioteca Clodomir Silva leva educação e cultura em mais um Sarau de Poesia


14/06/2013
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                                                   Diretora da Clodomir Silva, Fátima Góis, 
                                          com os cordelistas Enoque Araújo e Pedro Amaro, 
                                                  e o também repentista, Damião Ramos 
                                                              (Fotos: Ascom/Funcaju)
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                                                   Projeto ensina a importância do cordel
                                                            e do repente aos estudantes
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                                     Damião Ramos fez uma mostra de repente para as crianças
 
Na quinta-feira, 13, a Biblioteca Clodomir Silva, unidade da Secretária Especial de Cultura (SEC/Funcaju), promoveu uma tarde diferente, regada à literatura de cordel e ao repente. O Sarau Poético proporcionou aos alunos da Escola Municipal Arthur Bispo do Rosário, do São Conrado, atividades lúdicas e educativas, deixando as crianças animadas.
Na ocasião, se fizeram presentes quatro dos principais expoentes das duas manifestações artísticas em Sergipe, os cordelistas, Pedro Amaro, Ronaldo Dória e Enoque Araújo e o cordelista e repentista, Damião Ramos, que explicaram para as crianças o que são a literatura de cordel e o repente e mostraram algumas de suas obras.
A diretora da Clodomir Silva, Fátima Góis, destaca que é de grande importância a presença dos quatro expoentes culturais na escola, o que segundo ela, deixa os alunos curiosos e atentos à novidade: "A iniciativa é ainda esporádica, mas a ideia é que seja mais frequente, algumas vezes ao mês, com cursos e oficinas abertas à comunidade", revela.
O projeto tem como principal objetivo, além de entreter, ensinar aos jovens a importância desses dois gêneros que ajudaram a construir a história do povo nordestino, através de causos e histórias, e assim difundir as suas práticas.
Damião Ramos, pernambucano radicado em Sergipe, há 42 anos faz as artes do cordel e do repente, é presidente da Associação dos Cordelistas e Repentistas de Sergipe (Ascorese). Ele avalia o cenário dessas modalidades culturais no estado. "Começamos a resgatar essas tradições, mas ainda estão um pouco esquecidas. Aqui em Sergipe é um dos maiores exemplos. Em outros cantos do Nordeste há repentistas e cordelistas com 10, 11 anos de idade, e aqui o mais jovem tem mais de 30", avalia. 
Damião se diz emocionado em poder participar dessa ação que busca manter a chama da arte popular acesa: "Eu não gostaria de ver essa cultura acabar e é por reconhecer a sua importância, que não só eu, mas a minha classe dá tudo o que pode para manter viva essa tradição", finaliza.
O estudante do 4º ano, Gabriel Silva, de nove anos, comenta que gostou muito das rimas dos cordéis, e já tem até a sua história preferida: "Eu gostei daquela que falava sobre as festas de São João e dos santos da época. Ela é bem divertida", comenta.
Outra vertente positiva do Sarau Poético é o estimulo à leitura, não só voltada ao cordel, mas de outros gêneros textuais, o que torna a atividade uma porta de entrada para a inclusão social. É nisso que acredita o cordelista sergipano Ronaldo Dória, na área há 12 anos e com 156 cordéis publicados: "As crianças que se dedicam a leitura do cordel e da poesia, geralmente não se desvirtuam, não entram nos caminhos tortuosos da vida, ao contrário, elas se apaixonam pela arte literária", acredita.

http://www.aracaju.se.gov.br/index.php?act=leitura&codigo=54704

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