19/07/2013
Equipe da TV Brasil esteve na manhã desta
sexta na cordelteca (Fotos: Ascom/Funcaju)
Cordelteca João Firmino será citada
em documentário sobre o Cangaço
a jornalista Carina Dourado entrevistou cordelistas sergipanos
“Vamos abordar o cangaço. O que ele representou o Brasil naquela época, mas a literatura de cordel, poesia, repentistas estão presente nesse contexto. Muito do imaginário popular ficou fixado devido as obras dos cordelistas. Além, de falar do Lampião que está inserido nesse momento histórico”, comenta Carina Dourado.
Para a diretora da Biblioteca, Fátima Góes, mostrar que Sergipe está sendo visto nacionalmente é um fazer um resgate popular e histórico do Estado, através da Cordelteca João Firmino e todo o acervo que possui. “A Clodomir Silva é um espaço cheio de histórias e mexe diariamente com o imaginário das pessoas. Estou feliz em participar desse dia abrindo as portas para a equipe de TV Nacional e poder mostrar a importância da literatura de cordel para os brasileiros, além de ser um marco, pois a Cordelteca João Firmino é a primeira biblioteca de cordel do Brasil”, justifica.
De acordo com o cordelista Ronaldo Dória, falar do cangaço automaticamente é falar da literatura de cordel. “Os poemas surgem a partir das histórias acontecidas no sertão, onde o rei do cangaço, Lampião, fez história que até hoje inspiram os cordéis”, explica.
Cordelteca
A Cordelteca João Firmino Cabral abriga mais de 500 livretos de cordelistas nacionais e locais, de variados temas. A Biblioteca Clodomir Silva foi eternizada na literatura de cordel através da homenagem feita pelo também sergipano Chiquinho Além Mar.
"Hoje a cordelteca possui títulos escritos por de 36 cordelistas sergipanos, mas aqui também há obras de autores de outros estados. Você encontra nomes como Enoque Araújo, Gilmar Santana Ferreira, Zé Antônio e de mulheres que fizeram e fazem história com as rimas, a exemplo de Antônia Amorosa, Izabel Nascimento, Salete, entre outras", ressalta Fátima Góes.
João Firmino
Patrono da primeira cordelteca do país, João Firmino Cabral despertou para a Literatura de Cordel ainda na adolescência, quando pedia à irmã para ler os livretos comprados na feira de Itabaiana, município de Sergipe. Seguiu os passos do poeta e mestre, Manoel D'Almeida Filho, produzindo o seu primeiro livreto sobre as profecias de Padre Cícero, aos 17 anos.
Em 2002, João Firmino recebeu da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) a medalha de Mérito Cultural Serigy. Ao falecer, em fevereiro deste ano, João Firmino deixou a banca que tinha instalada no Mercado Municipal Antônio Franco, no Centro de Aracaju, e deixou vaga a cadeira de número 36, da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), que ocupava desde 2008.
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